O elenco é muito bom. Martin Freeman destaca-se como Bilbo e não precisamos nem falar de Ian McKellen como Gandalf. Thorin e os outros anões também estão muito bem. Para falar a verdade ninguém está muito mal no filme. Desde Luke Evans como o arqueiro Bard até Lee Pace como o rei élfico Thranduil. Orlando Bloom (Legolas) faz um show a parte. Cumberbatch faz, não só a voz de Smaug, como também suas expressões faciais e a voz do necromante da fortaleza de Dol Guldur. E as duas são ao mesmo tempo distintas e amedrontadoras.
O visual do filme é impressionante. Com tantos lugares marcantes pelos quais a companhia passa pelo livro, o filme os adapta muito bem, fazendo o espectador apreciar na tela a mesma imagem que havia imaginado quando lera o livro. O filme conta com muitos lugares característicos como a Casa de Beorn, a Floresta das Trevas, os salões dos Elfos da Floresta, a Cidade do Lago, Erebor, etc. É uma jornada extremamente bela visualmente. O figurino e a maquiagem estão ótimos novamente, algo que já haviam acertado desde os filmes de dez anos atrás. Os efeitos visuais são magníficos. A começar pelo dragão. A forma como se mexe e fala é realmente convincente e a equipe de efeitos, juntamente com Benedict Cumberbartch, conseguiu criar o melhor dragão já visto no cinema até hoje. Outras cenas também são realmente bonitas e quase nenhuma cena causa estranheza para o público, o que nos faz pensar que "O Hobbit" não teria sido possível dez anos atrás.
O filme é novamente dirigido pelo neo-zelandês Peter Jackson, diretor da trilogia d'O Anel e do Hobbit. A Desolação de Smaug conta inclusive com uma pequena tomada sua logo no início do longa que é muito engraçada para os fãs de verdade. Além de diretor, Jackson também é roteirista e produtor. Ele usa boas técnicas nas filmagens para desenvolver os personagens. Além disso, seu posicionamento de câmera é inteligente, já que deve simular alturas distintas para os atores (Richard Armitage, o anão Thorin mede 1,80 m). O diretor conseguiu mas uma vez expandir um universo tão conciso e respeitado com eficiência e referências que são um presente para os admiradores da obra de Tolkien. O longa ainda conta com a épica trilha sonora de Howard Shore que aindaé composta de elementos dos filmes anteriores, mas mesmo assim, acrescenta novos temas.
O longa deixa a dúvida se realmente eram necessários três filmes para contar a história do livro, mas mesmo com seus excessos é divertido e abre um clima épico para o terceiro filme e a finalização do universo de Tolkien nos cinemas, "Lá e De Volta Outra Vez" (Um conto de Hobbits por Bilbo Bolseiro).
Nota:
- Bilbo e Demolidor
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