domingo, 1 de dezembro de 2013

Crítica de "Vovô sem Vergonha"

Mais um filme do pessoal do Jackass. Mas o primeiro com história definida. A trama acompanha Irving (John Knoxville), um idoso que perde a mulher. Ao pensar que está finalmente "livre", é surpreendido por sua filha que alega que será presa. Ela deixa seu filho (Jackson Nicoll) com o avô do garoto, Irving. O senhor agora, deve levar o menino para o outro lado do país para entregá-lo ao seu pai. Durante a viagem acontecem os maiores momentos "Jackass" com cenas improvisadas e figurantes desavisados.
O roteiro porém, além de forçado em certos momentos, é mal desenvolvido em outros. Eles tentam fazer um filme com história mas ela acaba se perdendo nas cenas em que os atores fazem pegadinhas com outras pessoas.
Quanto ao elenco, o filme está bem servido. Mesmo com poucos personagens, a seleção dos atores foi bem feita. John Knoxville como Irving está muito bem. O interessante é que muitas pessoas não sabiam que estavam sendo filmadas e acabam demonstrando emoções e "atuando" bem.
Um dos grandes problemas do filme está no visual. Mesmo com a maquiagem perfeita de idoso em Knoxville, as mini-câmeras escondidas têm uma qualidade de imagem muito baixa, ainda mais expandidas numa tela de cinema. Em certos momentos as câmeras são mal manuseadas, com tremedeiras, zoom-in, zoom-out e desfoque no meio de cenas, o que deixa o filme sem uma qualidade de cinema, dando a sensação de filme caseiro. O longa praticamente não possui efeitos visuais e sua fotografia é pouco explorada.
É claro que ainda tem algumas piadas e momentos engraçados, afinal, esse é o grande propósito do longa, que consegue arrancar risadas em certos momentos, principalmente por ter em seu enredo um idoso que age como criança e uma criança que age como homem adulto. Mas, mesmo essa mistura provocando cenas embaraçosas, ainda é mal explorada no filme, criando um relacionamento forçado.
A turma do Jackass tenta inovar com um filme com história definida mas acaba regredindo com um longa com história mal trabalhada. Resume-se em mostrar cenas "inadequadas para menores de 18 anos" esperando que o público vá rir. O problema é que ele ri mesmo assim. Eles deveriam ter permanecido simplesmente na fórmula antiga deles.

Nota:





- Bilbo

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