- Melhor curta em live-action: Brotherhood - É o meu favorito ao lado de "A Sister". Acredito em sua vitória pelo teor da narrativa e pela imensa qualidade fotográfica.
- Melhor curta em documentário: In the Absense - A forma como a história é conduzida através de entrevistas, áudios oficiais e imagens exclusivas potencializam o valor de produção e auxiliam na divulgação desse desastre tão impressionante. Provavelmente isso vai pesar na escolha da Academia, mas não seria surpresa se o vencedor do Bafta "Learning to Skateboard in a Warzone (If You're a Girl)" ganhasse aqui.
- Melhor curta animado: Hair Love - Categoria extremamente difícil: as obras são excelentes. "Memorable" e "Sister" são meus favoritos por aliarem muito bem a proposta temática com a proposta visual. Aposto no ótimo "Hair Love" pela distribuição da Sony e pelo tema tratado, que se relaciona com paternidade, ausência e identidade negra.
- Melhor filme em língua estrangeira: Parasita - Talvez a categoria mais fácil da noite. "Parasita" tem conquistado corações ao redor do mundo e essa é a sua vitória mais certeira.
- Melhor animação: Toy Story 4 - Assim como a de curta animado, categoria divisiva. Meu preferido foi "Perdi meu Corpo", da Netflix, que conta uma história de maneira fantástica. Contudo, acho que a disputa está entre "Klaus" e "Toy Story 4". Vou com o último devido ao histórico da Academia em premiar filmes da Pixar.
- Melhor documentário: American Factory - Não vai ser dessa vez que o Brasil vai levar o Oscar com "Democracia em Vertigem". Acho que o peso da divulgação da Netflix e o apoio da família Obama deixam "American Factory" com ampla vantagem. "For Sama" e "Honeyland" correm por fora. Não seria estranho se algum dos dois levasse.
- Melhores efeitos visuais: Vingadores Ultimato - Outra categoria difícil de prever. "O Rei Leão" criou seus personagens do zero e "1917" tem todos os elementos técnicos reunidos em um primor visual. Ainda aposto no filme da Marvel como forma de reconhecer o filme com a maior bilheteria de todos os tempos.
- Melhor mixagem de som: 1917 - Filmes de guerra tendem a levar as categorias sonoras. A disputa fica com o excelente trabalho de "Ford vs Ferrari", mas a aclamação em torno de "1917" o favorece.
- Melhor edição de som: 1917 - Pode ser a forma de dar um prêmio para "Ford vs Ferrari" dividindo os vencedores das categorias sonoras. Ainda assim fico com o filme de Sam Mendes.
- Melhor edição: Parasita - "Parasita" tem um ritmo perfeito e a montagem auxilia na composição de contrastes visuais importantes para a discussão em torno do filme. "Ford vs Ferrari" também tem boas chances.
- Melhor fotografia: 1917- Mais um prêmio praticamente definido. A segunda estatueta para o ícone da indústria Roger Deakins.
- Melhor canção original: (I'm Gonna) Love me Again, de Rocketman - A forma de amenizar a grande esnobada que o filme baseado na vida de Elton John levou como um todo. Vai ser legal ver o cantor ganhar mais uma estatueta.
- Melhor trilha sonora original: Coringa - Também gostei muito da trilha de "História de um Casamento", mas o trabalho de Hildur Guõnadóttir é tenso, amedrontador e ajuda no ritmo do filme. Ganhou todos os prêmios até aqui e é a grande favorita da categoria.
- Melhor design de produção: Era Uma Vez Em... Hollywood - A reconstituição perfeita da era de ouro de Hollywood deve pesar na escolha da Academia.
- Melhor maquiagem/cabelo: O Escândalo - O meu trabalho favorito foi de "Coringa", mas um dos atributos de "O Escândalo" é deixar seus personagens praticamente idênticos àqueles que eles interpretam.
- Melhor figurino: Adoráveis Mulheres - Filmes de época tendem a dominar essa categoria e, aqui, "Adoráveis Mulheres capricha na composição visual de suas personagens.
- Melhor roteiro adaptado: Adoráveis Mulheres - A disputa é acirradíssima entre "Jojo Rabbit" e "Adoráveis Mulheres". Acredito que o prêmio fique com este como forma de valorizar o trabalho de Greta Gerwig - completamente esquecida na categoria de direção.
- Melhor roteiro original: Parasita - Acho que vai ser o grande prêmio de "Parasita" na noite. Uma forma de valorizar a criatividade de Bong Joon Ho. Corre por fora Quentin Tarantino e seu "Era Uma Vez Em... Hollywood": ele já ganhou 2 vezes a categoria de roteiro e não seria surpresa se vencesse pela terceira vez.
- Melhor direção: Sam Mendes, por 1917 - O conceito por trás de "1917" se dá pelo trabalho de Sam Mendes e seus planos-sequência. Outra vitória praticamente garantida, já que o diretor levou o prêmio do sindicato. Eu daria o prêmio para qualquer um dos outros 4.
- Melhor ator coadjuvante: Brad Pitt, por Era Uma Vez Em... Hollywood - As categorias de atuação estão fechadas. Os 4 ganharam tudo até aqui. O prêmio de Brad Pitt vai para um boa atuação, entretanto representará sua carreira como um todo. Triste ver Al Pacino e Joe Pesci de fora, mas Pitt merece.
- Melhor atriz coadjuvante: Laura Dern, por História de um Casamento - Ganhou tudo até aqui e interpreta uma mulher forte e multifacetada de maneira segura e sensível. Também merece o prêmio.
- Melhor ator: Joaquin Phoenix, por Coringa - Chegou a hora da Academia reconhecer esse excelente ator. A sua atuação em "Coringa" é fenomenal, combinando fisicalidade, emotividade e entrega. É incrível observar como Phoenix acompanha a transformação de Arthur no Joker.
- Melhor atriz: Renée Zellweger, por Judy: Muito Além do Arco-Íris - O prêmio vai para o reconhecimento do ícone de Judy Garland para além da atuação de Zelleweger, como aconteceu com Rami Malek e "Bohemian Rhapsody" ano passado. Meu voto seria para Lupita por "Nós" (que nem foi indicada) ou para Scarlett em "História de um Casamento".
- Melhor filme: 1917 - É o voto da razão. Ganhou tudo até aqui. Torço para estar errado, pois "Parasita" e "O Irlandês" merecem muito mais. São obras mais completas, reflexivas e com denso conteúdo narrativo. Mas é muito difícil a Academia premiar na categoria principal um filme em língua estrangeiro ou um original Netflix. Fica aqui a minha torcida para estar errado.
Confira abaixo críticas de alguns dos filmes indicados ao Oscar 2020.
- Crítica de "Jojo Rabbit"
- Crítica de "1917"
- Crítica de "O Farol"
- Crítica de "Adoráveis Mulheres"
- Crítica de "O Irlandês"
- Crítica de "Parasita"
- Crítica de "Coringa"
- Crítica de "Era Uma Vez Em... Hollywood"
- Crítica de "Vingadores: Ultimato"
- João Hippert