domingo, 22 de setembro de 2013

Crítica de "Elysium"

A nova ficção científica - que de nova tem muito pouco - dirigida por Neil Blomkamp era muito esperada principalmente por seu elenco. Nele haviam nomes de peso como Matt Damon e Jodie Foster. Mas os brasileiros só queriam saber de um ator. Wagner Moura, o Capitão Nascimento. Mas, mesmo com um grande elenco, é preciso analisar, acima de tudo, o roteiro. O longa possui uma história não muito original. É a típica ficção científica. A Terra está acabada e os ricos moram num mundo melhor, o Elysium. “Wall-E”, “Distrito 9”, “Jogos Vorazes”… São muitos os exemplos de filmes com história semelhante. Mas, mesmo com a falta de originalidade, o longa consegue entreter. A história mostra Max (Matt Damon) que, após ser exposto a radiação, precisa se curar e o único lugar que pode achar sua cura é Elysium. Procura o personagem de Wagner Moura, que faz viagens ilegalmente para o outro planeta, para tentar se curar. Reviravoltas acabam acontecendo e sua ida fica bem mais complicada. Mesmo tendo um vilão fraco, o filme ainda consegue criar boas sequências de ação. Apesar de cenas desnecessárias que só servem para mostrar a tecnologia futurística, o longa tem uma essência que, apesar de  já muito explorada no cinema, é algo que deve ser pensado. Aborda assuntos como a famosa “zona de conforto” dos ricos e qual é o preço dela. 
Como já citado antes, o elenco era o ponto forte do filme, e não desapontou. A maioria dos atores está muito bem na tela. Mas, o que todos queriam ver era o desempenho de Wagner Moura lá fora. E este surpreendeu bastante. O ator conseguiu passar do Capitão Nascimento - um policial que segue as leis - , para um contrabandista de viagens, o que não é fácil. Em algumas cenas, o ator fala em português, tornando-as divertidas, e ao mesmo tempo, dando um “presente” para o seu país. Mesmo que, só se fale nele, há outra atriz brasileira no filme, Alice Braga. Também fez um ótimo trabalho e conseguiu aprofundar-se bem em seu personagem deixando o filme mais realista dentro do possível. E, para completar, como protagonista, Matt Damon. Matt Damon é Matt Damon. Quando ele quer, consegue fazer excelentes atuações e, pelo visto, ele queria nesse filme. Está muito bem.
Outro ponto forte do filme são os efeitos visuais. A primeira tomada do filme é um plano geral de Los Angeles toda destruída. Essa cena já mostra como vai ser o filme. Efeitos pesados. Naves voando, o Elysium, exoesqueletos, a Terra destruída… Além dos efeitos, também é importante falar sobre a fotografia do longa. Num filme desses, a fotografia é essencial principalmente para mostrar a diferença entre os dois mundos, e o diretor acertou nisso. As cenas na terra são repletas de uma fumaceira e todas esbranquiçadas para mostrar a sujeira. Em Elysium, a imagem é mais nítida, mais limpa.
O diretor Neil Blomkamp resolveu “refazer” o “Distrito 9”, mas tomou algumas decisões diferentes, o que era necessário para atrair o público. Ninguém quer ver duas vezes as mesmas coisas. Para mostrar o excesso de pessoas na Terra, o diretor filma de ângulos próximos para dar uma espécie de situação claustrofóbica, conseguindo retratar bem o desconforto terrestre.
Apesar de tudo, o filme é divertido. Não é aquele para ficar sendo pensado e repensado depois. Mas entretém enquanto é assistido. É o típico blockbuster, que foca mais no elenco e nos efeitos visuais que no roteiro. Realmente legal é ver o Brasil crescendo no cinema, provando que nós também podemos fazer parte do "Elysium".

Nota: 





- Bilbo

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