Como já citado antes, o elenco era o ponto forte do filme, e não desapontou. A maioria dos atores está muito bem na tela. Mas, o que todos queriam ver era o desempenho de Wagner Moura lá fora. E este surpreendeu bastante. O ator conseguiu passar do Capitão Nascimento - um policial que segue as leis - , para um contrabandista de viagens, o que não é fácil. Em algumas cenas, o ator fala em português, tornando-as divertidas, e ao mesmo tempo, dando um “presente” para o seu país. Mesmo que, só se fale nele, há outra atriz brasileira no filme, Alice Braga. Também fez um ótimo trabalho e conseguiu aprofundar-se bem em seu personagem deixando o filme mais realista dentro do possível. E, para completar, como protagonista, Matt Damon. Matt Damon é Matt Damon. Quando ele quer, consegue fazer excelentes atuações e, pelo visto, ele queria nesse filme. Está muito bem.
Outro ponto forte do filme são os efeitos visuais. A primeira tomada do filme é um plano geral de Los Angeles toda destruída. Essa cena já mostra como vai ser o filme. Efeitos pesados. Naves voando, o Elysium, exoesqueletos, a Terra destruída… Além dos efeitos, também é importante falar sobre a fotografia do longa. Num filme desses, a fotografia é essencial principalmente para mostrar a diferença entre os dois mundos, e o diretor acertou nisso. As cenas na terra são repletas de uma fumaceira e todas esbranquiçadas para mostrar a sujeira. Em Elysium, a imagem é mais nítida, mais limpa.
O diretor Neil Blomkamp resolveu “refazer” o “Distrito 9”, mas tomou algumas decisões diferentes, o que era necessário para atrair o público. Ninguém quer ver duas vezes as mesmas coisas. Para mostrar o excesso de pessoas na Terra, o diretor filma de ângulos próximos para dar uma espécie de situação claustrofóbica, conseguindo retratar bem o desconforto terrestre.
Apesar de tudo, o filme é divertido. Não é aquele para ficar sendo pensado e repensado depois. Mas entretém enquanto é assistido. É o típico blockbuster, que foca mais no elenco e nos efeitos visuais que no roteiro. Realmente legal é ver o Brasil crescendo no cinema, provando que nós também podemos fazer parte do "Elysium".
Nota:
- Bilbo
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