segunda-feira, 31 de março de 2014

Crítica de "Rio 2"

As araras azuis voltaram às telonas e a cidade maravilhosa também! Com o sucesso do primeiro longa, uma continuação já era prevista. E ela chegou três anos depois, mais uma vez pelas mãos do brasileiro Carlos Saldanha. Desta vez, o filme se passa em sua maior parte na Floresta Amazônica e procura alertar ao seu público (infantil) sobre os grandes problemas do desmatamento, tratando os humanos como inimigos, como já vimos em alguns filmes da Pixar (Procurando Nemo, Ratatouille, etc.). O longa pode ser inferior ao original, mas ainda assim é muito divertido. Possui referências à clássicos como "Romeu e Julieta" e à obras contemporâneas como "As Tartarugas Ninjas", que, nesse longa são as "tartarugas capoeiristas". O filme conta também com a presença dos personagens já conhecidos: Blu (Jesse Eisenberg), Jade (Anne Hathaway), Linda (Leslie Mann) e Túlio (Rodrigo Santoro), além do vilão Nigel (Jemaine Clement). Outros personagens são introduzidos também. Esse é um ponto forte do longa. Tanto a introdução de novas caras quanto o desenvolvimento de rostos já conhecidos é muito bem feito. Porém, as situações não são tão bem trabalhadas.
Quanto à dublagem, não há problema em ver o filme em português. Aliás, é até recomendado, pois certas piadas foram feitas especialmente para o público brasileiro. Tratando-se do estereótipo brasileiro, que aconteceu muito no primeiro filme, nesse é menos intenso. Claro que existem aspectos da nossa cultura como partida de futebol, carnaval, Reveillon, entre outros. Mesmo assim, o longa possui uma abertura belíssima que se passa na festa de ano-novo carioca, que, mesmo um pouco estereotipada, é muito bonita e não passa muito longe da realidade deste evento.
O visual está novamente incrível. As paisagens e personagens coloridos dão um tom alegre ao filme. Essas cores são bem dosadas na animação. Em cenas tristes, temos ambientes mais escuros, e em alegres, ambientes claros e coloridos. O filme trabalha bastante a questão das cores, afinal, o nome de seu protagonista é uma cor: Blu ("Azul" em inglês). No filme toda as cores são bem trabalhadas e, no final o longa nos entrega um lindo espetáculo visual que não estragarei dando spoilers.
A direção é extremamente eficaz. Desde a primeira cena, no Reveillon, o diretor já mostra seu estilo com a câmera "passeando" pelo cenário com muita fluidez. Ainda consegue criar uma identificação do público com o protagonista. Ainda usufrui de canções (assim como no primeiro longa), incluindo até paródias de músicas famosas, que são mais fáceis de reconhecer ao ver o filme em seu idioma original. É bom ver que com Saldanha e com Padilha, os astros brasileiros estão crescendo lá fora.
O filme é inferior ao seu antecessor mas mesmo assim possui personagens muito bem criados e um respeito tremendo pelo país onde se passa. Se vai ter o terceiro ou não, ainda não se sabe. Mas carioca dá sempre um "jeitinho".

Nota:



- Bilbo



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