quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Crítica de "Uma Noite de Crime"

Dos produtores da série "Atividade Paranormal", "Uma Noite de Crime" estréia nos cinemas brasileiros no dia 1 de Novembro. No filme, as prisões americanas estão superlotadas. Para tentar aliviar isso, o governo libera uma noite por ano para que qualquer crime acontecido nessa noite não seja passível de punição. Nesse ambiente, entra a família de James Sandin (Ethan Hawke) que se vê ameaçada durante essa noite e precisam proteger um ao outro. 
O roteiro cria um ambiente criativo. Não me recordo de ter visto nada parecido, e a ideia dessa noite em que todos os crimes são permitidos, foi sensacional. A construção da família deixou a desejar. De uma hora para a outra as relações mudam e tornam a história um pouco confusa. A partir do momento em que o expurgo (a noite de crime) começou, o roteiro foi decaindo. Antes ele estava correto, porém ele foi saindo do gênero suspense e entrando no gênero ação e querendo surpreender o espectador a cada cena. Eles tentaram, mas as surpresas eram tão previsíveis que deixaram de ser surpresas.
No elenco quem se destaca é Lena Headey (Cersei Lannister em "Game of Thrones"). Como de praxe, ela possui uma atuação natural e demonstra emoção nas horas necessárias. Ela consegue dar força à sua personagem e apresenta com a sua atuação o modo de como uma mãe faria de tudo para proteger seus filhos. Ethan Hawke (o protagonista) possui uma atuação irregular. Em alguns momentos ele passa as emoções e características de seu personagem, mas chega a um ponto em que fica forçado. As crianças estão muito bem em seus papéis e demonstram que não estão lá por um acaso.
Como é uma produção de custo baixo, ele não investiu em efeitos visuais. Não existem efeitos especias, mas a maquiagem do longa foi bem feita. A fotografia não contribui ao filme e alguns planos foram escolhidos errôneamente. O figurino é feito com roupas do dia-a-dia e combina com os personagens.
A direção é de James DeMonaco (que também é responasável pelo roteiro). As suas escolhas foram, na maior parte das vezes, acertadas. Ele focou bastante nas reações dos personagens e quando o robô do filho de James entrava em cena a câmera acompanhava sua visão. Desse modo, o público enxerga exatamente o que o menino está enxergando pela sua câmera. Além disso, o sistema de câmeras montado ficou bem legal. A sensação era de que a família possuía realmente um sistema de segurança e toda hora dava vontade de monitorar a rua pelas câmeras.
O filme mesmo tratando-se de um thriller não dá sustos. O longa apresenta uma tensão e apreensão, porém nada que dê medo. Então você que acha que o filme é um terror sinistro pode tirar o seu cavalinho da chuva. O que prejudica o entreterimento é o desenrolar da história que ficou um pouco forçado e que desviou-se um pouco do foco do filme. Um ambiente propício a um grande filme de suspense que no final tornou-se mais um filme de ação mentiroso.
Nota:



- Demolidor

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